tag:blogger.com,1999:blog-1787790225010089172.post2212974354816403740..comments2023-08-02T12:17:46.077-03:00Comments on O Caroço: Promiscuidade com a imprensa rendeu votos à Marina MagessiDeia Vazquezhttp://www.blogger.com/profile/12937223954505781360noreply@blogger.comBlogger6125tag:blogger.com,1999:blog-1787790225010089172.post-10791789122981031552008-06-04T11:26:00.000-03:002008-06-04T11:26:00.000-03:00Nique, é impossível falar que o ocupante do cargo ...Nique, é impossível falar que o ocupante do cargo público faz negociações sem falar com quem ele negocia. Afinal, como disse a Clau, "promiscuidade e negociação pressupõem relação de mão dupla".<BR/><BR/>Além disso, você bem sabe que, quando a gente escreve alguma coisa, abre inúmeras possibilidades de debate. Impossível ter controle sobre isso, mesmo usando as palavras mais "adequadas", "com cuidado".<BR/><BR/>Agora, em relação às críticas ao jornalismo, não me interessa o mundo ideal das redações. Assim como não me interessa o mundo ideal das ONGs, nem da Academia, os espaços em que estou metida neste momento. Existe, no ser humano, a vontade de buscar o mundo ideal, mesmo sabendo que ele não existe.<BR/><BR/>Não estou nas redações e concordo que falar de fora é mais fácil. Mas, para mim, pior é não falar. Para mim, é essencial problematizar os nossos espaços de atuação, questionar e tentar, sempre que possível, o diálogo com quem trabalha conosco, sejam "pares", sejam "superiores".<BR/><BR/>A menos que nos consideremos uma máquina capaz de separar o que a gente pensa do mundo do que a gente faz no dia-a-dia de nosso trabalho.Olívia Bandeira de Melohttps://www.blogger.com/profile/06922003921029647889noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1787790225010089172.post-19995806586134502652008-06-04T10:21:00.000-03:002008-06-04T10:21:00.000-03:00Num mundo ideal, os jornalistas não precisariam re...Num mundo ideal, os jornalistas não precisariam recorrer a funcionários públicos para obter informações. Elas estariam disponíveis para todos, bastando fazer a consulta. Num país como o Brasil, sabemos que isso é impossível. <BR/><BR/>Lili, podemos e devemos ser críticos, mas é bem mais fácil fazer isso quando estamos do lado de fora. No dia-a-dia, temos que sobreviver. E não vamos negar que jornalista tem sede do furo, e não é só por prêmios ou promoções. Qual repórter não fica excitado diante de documentos exclusivos, com notícias relevantes, sobre qualquer assunto? <BR/><BR/>Se não fossem essas pessoas, que representam instituições como a polícia, o Ministério Público, a Justiça, nós não ficaríamos sabendo da metade das maracutaias que acontecem sob a burocracia do estado. Agora, como reconhecer quem está agindo de má-fé ou não vai do faro do jornalista. Ou, mesmo sabendo que a pessoa que denuncia vai obter vantagem, devemos analisar qual o ganho que aquela informação trará para a sociedade como um todo. É uma balança. Somos usados o tempo todo, e usamos também. Ninguém é inocente. <BR/><BR/>Por fim, Nique, você usa palavras que remetem aos dois lados da moeda, tanto à imprensa quanto as entidades pública. Promiscuidade e negociação pressupõe uma relação de mão dupla. Por isso, acho que, se não era essa a intenção, você usou palavras inadequadas. <BR/><BR/>Enfim, acho saudável sempre fazer a discussão, embora seja cansativo às vezes.Cláudia Lamegohttps://www.blogger.com/profile/15850984623712009341noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1787790225010089172.post-23972370497719752042008-06-03T23:18:00.000-03:002008-06-03T23:18:00.000-03:00releiam. o post não enfoca o comportamento da impr...releiam. o post não enfoca o comportamento da imprensa. enfoca o comportamento de entidades públicas. fala de como um representante público, pago com o dinheiro público, manipula a notícia segundo seus próprios interesses, e pior: às vésperas de eleiçòes. e ainda nem esconde. não se pode vender, dar, trocar, ceder, o que seja, o que não é seu. o interesse público não é algo negociável. é claro que a imprensa, qualquer que seja, quer a informaçao exclusiva. mas isso nem tá enfocado no post. é o inverso que está.<BR/>debater o comportamento da imprensa, aliás, é algo que cansa viu. me cansa muito pois já tenho meu próprio drama diário. bem mexicano, como vcs sabem. é chover no molhado, andar em circulos...não me inspira. engulo tant0os debates que gostaria de ter que até fico brochada. os dois lados do espelho deste post são graves. mas o que enfoquei me choca mais, o outro já pasteurizei, banalizei.Monique Cardosohttps://www.blogger.com/profile/05809701771848719778noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1787790225010089172.post-84723267994321261102008-06-03T20:39:00.000-03:002008-06-03T20:39:00.000-03:00Clau, acho super pertinente seu alerta sobre o cui...Clau, acho super pertinente seu alerta sobre o cuidado com as palavras e acusações.<BR/><BR/>No entanto, o tema que a Nique levantou é super importante. Não é porque "uma prática" é "antiga" que ela pode ser legitimada ou naturalizada. E é isso o que a gente faz.<BR/><BR/>A gente quase não questiona, como fez a Nique, a postura de quem ocupa cargos públicos e tende a ser condescendente com algumas práticas de nossa profissão, em nome do furo, da audiência, da vaidade, da permanência no emprego e dos prêmios Esso.Olívia Bandeira de Melohttps://www.blogger.com/profile/06922003921029647889noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1787790225010089172.post-83186181825394125302008-06-03T17:36:00.000-03:002008-06-03T17:36:00.000-03:00É por essas e outras que eu tenho nojo do jornalis...É por essas e outras que eu tenho nojo do jornalismo e da política.Guguhttps://www.blogger.com/profile/15378505886485325508noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1787790225010089172.post-64179701718863219652008-06-03T13:53:00.000-03:002008-06-03T13:53:00.000-03:00Nique, essa notícia é muito velha. O Globo, na épo...Nique, essa notícia é muito velha. O Globo, na época da divulgação das escutas, publicou os diálogos e respondeu em carta da redação à citação de seu diretor de redação, o Rodolfo Fernandes do seu texto. <BR/><BR/>Mas, vamos à discussão, que foi feita na época e também surgiu durante o escândalo do dinheiro apreendido com os "aloprados" petistas na PF (lembram do grampo do policial negociando com os jornalistas a divulgação da montanha de notas?): é justo fazer acordo de exclusividade com fontes, sendo agentes públicos ou privados? <BR/><BR/>Essa é uma prática antiga na imprensa. Todo repórter pede para a fonte dar a notícia só para ele. A perversidade é que você pode ser um ótimo repórter, mas se trabalha numa emissora sem audiência, babau. Quem tem a prioridade, e a Globo exerce esse poder sem pudores, é sempre a que causará mais impacto com a notícia. OU seja, a que tem mais Ibope ou que vende mais jornais ou a que informa à classe desejada (A,B,C ou D, no caso dos jornais populares).<BR/><BR/>Não entendi, quando você se refere às imagens, se é a polícia quem não as fornece no dia seguinte. <BR/><BR/>A Marina era uma dessas fontes do jornal, e não só do Globo. Um jornal carioca já ganhou prêmio Esso com notícias fornecidas por ela. A máscara dela caiu, para mim, no dia em que deu uma entrevista dizendo que os presos de penitenciárias lotadas já estavam "acostumados" com a situação, pois viviam assim nas favelas de onde vinham. <BR/><BR/>A relação da imprensa com as fontes, é sabido, envolve interesses. De um lado, os que querem divulgar um caso (por vaidade, ideologia ou para conseguir algo, como um cargo). De outro, a imprensa que quer dar furos, vender mais jornais. Resta aos jornais e TVs avaliarem sempre se a notícia vale a pena (tem o caso do pastor que levou um repórter do Globo a uma favela para mostrar como "salvava" vidas. Pode-se discutir se o jornal não está, sem querer, dando espaço a um charlatão). <BR/><BR/>Por último, gostaria de dar um alerta: nunca soube de notícia de troca de informações por dinheiro na grande imprensa carioca e atual. Isso era coisa dos Chatôs e coronéis do interior. Para fazer uma ilação grave como essa, é preciso estar muito embasada. E, se há base, que seja exposta. Não se trata aqui de inocência ou de defesa corporativista, mas de bom senso com as palavras.Cláudia Lamegohttps://www.blogger.com/profile/15850984623712009341noreply@blogger.com