4 de nov. de 2008

Votem nulo!

Não sei onde li que não adiantava nada votar nulo, que eleição nenhuma seria refeita por haver muitos votos nulos... Mas recebi esta matéria hoje. Alguém pode confirmar?

Vitória esmagadora dos nulos obriga TSE a convocar novas eleições em dois municípios do RJ

Fonte: Agência Petroleira de Notícias (www.apn.org.br)


Em Bom Jesus de Itabapoana, no Estado do Rio de Janeiro, os votos nulos alcançaram 89,23% da preferência do eleitorado e o candidato único à Prefeitura, João José Pimentel, do PTB, apenas 6,3%. Eram 26.863 eleitores, mas apenas 1.692 votaram em Pimentel. Em Santo Antônio de Pádua, Maria Dib, do PP, obteve 10.074, o equivalente a 37,9% dos votos, enquanto os nulos totalizaram 16.527, o equivalente a 60,35%.

De acordo com as regras eleitorais, nenhum candidato pode tomar posse quando os nulos e brancos vencem as eleições, alcançando um coeficiente maior que a soma dos votos dos candidatos. Nos dois municípios, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) terá que convocar novas eleições e os dois candidatos rejeitados pela população ficarão inelegíveis. As duas cidades tiveram outros concorrentes, mas suas candidaturas foram impugnadas. Agora será estabelecido um novo prazo para inscrições, propaganda eleitoral e os eleitores terão que voltar às urnas.

O Tribunal Regional Eleitoral (TER-RJ) já está com esquema todo preparado para realizar novas eleições para prefeito em Santo Antônio de Pádua e em Bom Jesus de Itabapoana. A intenção do presidente do TRE, desembargador Alberto Motta Moraes, é convocar o novo pleito ainda este ano, antes da diplomação dos prefeitos eleitos no estado. Pelo calendário eleitoral, a data-limite para os juízes diplomarem os vencedores das eleições deste ano é 18 de dezembro. Sua intenção é evitar que os presidentes de câmaras municipais sejam obrigados a tomar posse, interinamente.

Em Bom Jesus e Pádua, os eleitores deram uma lição de cidadania, demonstrando que o voto nulo é também uma forma de expressar opinião, quando os opções disponíveis não atendem às expectativas.



www.apn.org.br

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6 comentários:

leoc. disse...

isso aí é bobagem. os leitores não votaram nulo. a matéria acerta quando diz que os outros dois candidatos que concorriam com a maria dib (me refiro a pádua, pois acompanhei de perto) tiveram suas candidaturas impugnadas, mas foi por causa disso que os votos foram anulados, como aconteceu com a sra. garotinho em campos no primeiro turno. tanto lá como em pádua, os votos nos outros candidatos foram computados como nulos -- não que a população tivesse dado "uma lição de cidadania" pra anular a eleição. os outros candidatos tentam reconvocar eleições usando a justiça, e é bem provável que consigam.

em BJ do itabapoana não sei o que aconteceu, mas é bom pesquisar. veja os dois trechos a seguir:

"Em Bom Jesus de Itabapoana (...) o candidato único à Prefeitura, João José Pimentel, do PTB, [conseguiu] apenas 6,3%."

"As duas cidades tiveram outros concorrentes,(...)"

falta de coerência total. típica matéria oportunista. provavelmente, o caso em bom jesus também não foi como disseram.

Lucas Bandeira disse...

Sim, mas e se ocorrer de novo isso? Quem será o prefeito? A câmara de vereadores que vai eleger?

Cláudia Lamego disse...

Isso aí, Leo. Matéria totalmente errada. Os dois casos são iguais. Candidaturas impugnadas, os votos são anulados, mas o TRE tem a informação de quantos eleitores votaram naqueles candidatos. Se eles recorrerem e puderem concorrer, mais uma eleição.

Ah, em Campos, foi o Arnaldo Vianna que não teve os votos computados.

Anônimo disse...

Convoca-se novas eleicoes, até que alguem seja eleito.

Monique Cardoso disse...

A regra está certa, mas a matéria do jornal errada. o caso da matéria, o voto nulo não foi dos eleitores. Quando a maioria dos eleitores vota nulo e o numero é maior que a soma dos ccandidatos, aí sim é cancelada a eleição. Né?

Anônimo disse...

independente da correção ou não da matéria, assino em baixo do que disse lucas: "o voto nulo é também uma forma de expressar opinião, quando os opções disponíveis não atendem às expectativas". se é pra ser democracia, tem de haver a opção de dizer que as opções disponíveis não prestam.