1 de jul. de 2008

Aprendendo a escrever


No terceiro período da faculdade de Jornalismo, deu-se a experiência que considero fundamental para a nossa formação e para a aproximação do grupo que mais tarde formaria este Caroço, em sua forma impressa, nos idos de 2000, no Iacs. Era a aula de oficina de textos, do professor Dênis de Moraes, na qual discutíamos literatura e éramos estimulados a escrever (dava frio na barriga) textos em vários formatos (contos, poesias, artigos jornalísticos, etc).

Mas, a melhor experiência era poder compartilhar o texto um do outro, por meio da leitura que o professor fazia daqueles que ele considerava os melhores. A Lili era a campeã em leitura, e ali soubemos que ela era poeta (uns já sabiam, mas eu descobri durante essas aulas). Assim como tivemos contato com o talento de vários amigos, inclusive do querido (e sumido) Leonardo Cosendey (Leo, se você estiver me lendo, entre em contato, volte a escrever conosco). Minha intuição é de que ali surgiu a primeira semente do nosso projeto, que se tornaria realidade dois períodos mais tarde.

Todo esse preâmbulo é para contar que o amigo Marcelo Moutinho, autor do indispensável Pentimento, vai ministrar uma oficina de contos na Estação das Letras, em aulas às quintas-feiras, das 19h30 às 21h30, a partir de agosto (mais informações aqui). Quando ele me contou do projeto, me lembrei imediatamente daquelas aulas e do quanto aquela convivência literária em sala de aula foi importante para nossas vidas.

Por falar nisso, aí vai um pedido: se alguém ainda tiver um daqueles textos, eu gostaria muito de relê-los aqui no blog.

15 comentários:

Olívia Bandeira de Melo disse...

É, Clau, não tenho dúvida de que aquelas aulas contribuíram muita para a nossa formação. E acho que é bom nos lembrarmos de nossa faceta "literária" vez em sempre, pra alimentar o trabalho do dia-a-dia, pra alimentar as reflexões teóricas, pra limentar a vida.

Vocês acreditam que, outro dia, reli meu trabalho de conclusão de curso, sobre o Murilo Mendes, porque achei que estava precisando de poesia pra me incentivar no mestrado? Certamente muitas coisas que eu escrevi poderiam ser revistas, mas fui em busca de um modo de escrever que a gente às vezes perde na pressa e na "seriedade" do cotidiano.

Também em relação à nossa formação, gostaria de deixar registrado o quanto os anos de UFF foram fundamentais pra mim. Hoje mesmo comentei isso com a turma do mestrado. Professores-amigos, amigos-irmãos, momentos de muito aprendizado e de muito prazer.

Resultado: cá estamos nós, unidos presencial e virtualmente.

Cláudia Lamego disse...

Lili, na viagem para Juiz de Fora, quando levei a cópia para o centro cultural do Murilo Mendes, eu te contrariei e... li o seu projeto.

Você tem o dom, raro no meio acadêmico, de adicionar poesia a textos, digamos, "sérios".

Tenho certeza que fará isso em sua tese. Aliás, tomaremos uma cachacinha no dia da defesa? Sem Antônio Pedro depois, prometo!! :)

Gugu disse...

Sim, Clau e Lili. Acho que temos o privilégio de ser um grupo que consegue conciliar o jornalismo técnico com a poesia. Por isso o Caroço deu certo e continua forte, cada vez mais vibrante e estimulante. É a nossa válvula de escape, nos faz crer que o jornalismo não é só desilusão.

Gugu disse...

Quanto ao curso do Moutinho, me interessei muito, mas achei caro o valor de R$ 800...

A digestora metanóica disse...

Eu estava 3 períodos abaixo de você, mas lembro bem que, quando fiz essa matéria, eu trabalhava com a Dê que, por conta das suas boas lembranças, falava com a maior empolgação do Denis, lia meus textos e comentava. Alguns eu guardo até hoje. O Denis foi fundamental na minha vida, definitivamente, queria até falar isso um dia pra ele, mas não sei se lembraria de mim.

Valeu pelo post, Clau. Momento nostalgia muito gostoso. Quanto ao Moutinho, bacana a proposta.

Gugu disse...

Será que o Dênis já leu o nosso blog??

Cláudia Lamego disse...

Gi, não sabia disso. Que bonito.

Gu, pede um desconto. E obrigada pela poesia. Essa eu acho que não tenho não.

Será? Como saber, né? Lili, você divulgou no Iacs?

Gugu disse...

Clau, você escreve lindamente e seus textos são, sim, repletos de poesia. Por esse e outros motivos é que te amamos. Beijo.

Anônimo disse...

AAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHHH
AAAAAAAAA
AAAAAAAA
AAAAAAAAAAA

sim, crianças, eu não morri. ainda estou aqui. e reencontrei-os há pouco tempo, vejam só que coincidência.

pretendo comentar-vos mais vezes. não tenho a pretensão de me juntardes, pois sou muito pouco poeta. mas aparecerei, de vez em quando. ou não.

beijos às moças.

Olívia Bandeira de Melo disse...

Leo Cosendey? É você mesmo?
Como está?
É claro que você é poeta, poeta rebelde, mas muito poeta.
Saudades, beijos!

Cláudia Lamego disse...

Oh, Leo, o Gu inventou esse negócio de poesia. Poeta é a Lili, Olívia Bandeira de Melo, até no nome. Eu não sou nada disso não. No mínimo, escrevo direitinho, sem tropeçar no português.
Volte, menino. Claudinéia Del Toboso está com saudade.
Diga-nos seu email, que mandaremos o convite para o blogger. Convite não: CONVOCAÇÃO! :)

Gugu disse...

Léo, você é poeta dos bons. Mas isso não é pré-requisito para a entrada no grupo. O passaporte é a amizade. E você nunca deixou de ser amigo, apesar da distância. Amamos você e queremos a sua presença. Um abraço.

Olívia Bandeira de Melo disse...

Pelamordedeusnãosoupoeta. Não confundam as pessoas.
Leo, volte!
Beijos,
Lili

A digestora metanóica disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
A digestora metanóica disse...

Zenti! Emocionei. Nem conheço o Léo, mas este reencontro agora foi o máximo. Imaginei a cena do cara fazendo um autogooglamento e se achando nas palavras da Clau aqui.