24 de jul. de 2008

Brincadeira

Para animar o grupo, proponho que todos publiquem aqui trechos dos livros que estão lendo atualmente, citando o autor e o nome da obra, obviamente. Vou começar a brincadeira:

"Aquilo era o começo do nunca mais, pensou Maurício. E repetiu em pensamento: nunca nunca nunca mais. Porque quando uma pessoa morria, era para sempre. Mas não conseguia compreender palavras grandes como essas: nunca, sempre. Havia o dia de ontem, o dia de hoje e o dia de amanhã. Havia mesmo os dias de uma semana atrás, de um mês ou, com um grande esforço que quase fazia a cabeça estourar, os dias de um ano atrás. Mas sempre era muito mais que um ano; e nunca, muito menos que um segundo. Sempre e nunca - ele imaginava uma coisa muito grande e branca, que a gente olhava de baixo para cima, sem conseguir ver onde terminava. Luciana ia ficar para sempre na parede branca, para nunca mais voltar."

De Limite Branco, Caio Fernando Abreu. Agir, 2007.
Obrigado pelo presente, Lucas. A leitura me emociona a cada linha.

2 comentários:

A digestora metanóica disse...

Adorei! Vou contribuir já, já.

Tava lendo "O Ovo Apunhalado" recentemente, mas parei. Preciso retomar.

Beijos

Gugu disse...

Gi, O ovo apunhalado é maravilhoso. Retome e deixe aqui um trechinho.