5 de mai. de 2008

O naufrágio do noticiário virtual amazonense

Curiosamente, a tragédia com um barco que levava 110 passageiros, em Manacapuru (Amazonas), no rio Solimões, dia 4 de maio, resultando em 17 mortes, confirmadas pelo Instituto Médico Legal de Manaus até as 17h desta segunda-feira, não foi noticiada no site do município amazonense (www.manacapuru.am.gov.br).

A página nem sequer possui espaço para notícias, ao contrário do que se costuma observar em sites de outras grandes cidades de regiões metropolitanas brasileiras. O site de Manacapuru, município que fica a apenas 69 quilômetros da capital, oferece, entretanto, espaço privilegiado para informações turísticas.

O site do estado do Amazonas segue a mesma linha: não há uma materiazinha, mínima que seja, abordando o acidente. Em vez disso, http://www.amazonas.am.gov.br/, publica, no espaço reservado às notícias, propagandas do governo disfarçadas de textos jornalísticos: “Amazonas já vacinou 42% dos idosos contra a gripe”, “Governo leva alternativas ao interior”, “Manaus ganha vôo direto para Quito”, entre outras.

5 comentários:

Gardênia Vargas disse...

Nojo!

Olívia Bandeira de Melo disse...

Gu, o site da prefeitura de Niterói só mostra notícias de seus programas, não há informações gerais sobre a cidade. Acho que isso é uma prática geral, não?

Gugu disse...

Bem, Lili, no geral esses sites dão notícias de governo mesmo. Mas acho que, por terem um espaço jornalístico, deveriam divulgar também assuntos de interesse geral relativos à cidade. Principalmente se o tema for de grande repercussão. Sei lá... Esses sites, no final das contas, servem apenas para propaganda mesmo. Não que isso seja reprovável, afinal, o que os governos fazem de bom deve se tornar público mesmo, a título de prestação de contas. Só acho errado quando os sites viram espaço apenas de propaganda.

Olívia Bandeira de Melo disse...

Gu, errado eu também acho, só quis diser que essa é uma prática de todo o país e não só do Amazonas.
Beijos!

Cláudia Lamego disse...

Gente, os assessores de imprensa das prefeituras não acompanham os "horários" das notícias. Têm hora para entrar e sair, normalmente horário comercial. E é verdade: normalmente, não há notícias online.