5 de set. de 2008

Navalha na carne


Serginho chegou para sua mãe com a boca pingando sangue. Grita grita chora berra. Dona Alice se espanta. O que foi, meu filho, como isso aconteceu?

Grito choro soluço berro berro.

Dona Alice leva Serginho pro banheiro. Lava lava lava lava língua. Sangue pinga vaza escorre. Sabão não, mãe, o gosto é ruim. Lava lava. Que corte é esse na sua língua, meu filho?

Dois talhos fundos, no sentido da largura.

É que a vovó me falou que eu estava dizendo uns palavrões muito cabeludos, explicou Serginho muito envergonhado. E aí fui raspar a língua pra não ter perigo de engolir cabelo.

Ah, meu filho -- disse a mãe, compreensiva -- Você não pode fazer isso, que machuca! Da próxima vez, chama a mamãe que ela faz com cera quente!

Ambos se abraçam.

2 comentários:

Anônimo disse...

Mãe é sempre mãe.
hahahahahahahha

Olívia Bandeira de Melo disse...

Cera quente, céus!