Ai. Preguiça. A programação do Festival do Rio começa na sexta, dia 26, e só de pensar na fila da central de ingressos perco a paciência. Horas e horas escolhendo, combinando os horários, tudo anotado numa listinha para ouvir da mocinha do guichê: "acabou", ou " ainda não foi liberado pela alfândega".
É claro que acho maravilhoso ter um festival de cinema abrangente na minha cidade, com mil filmes que não entrarão em cartaz. Sou eu que não consigo encarar a maratona nem levá-la tão à sério. Um filme, porém, pretendo fazer todo esforço do mundo para ver: "Última parada, 174", de Bruno Barreto. Não se trata de querer saber como o cineasta, cujos filmes nem sou fã, contou a história do cara que seqüestrou o ônibus em frente ao Parque Lage e marcou pela tragédia da inoperância policial carioca diante de centenas de câmeras de televisão. Estou curiosa para ver Michel Gomes, ator que interpreta Sandro do Nascimento.
Conversei outro dia com o moleque e ele me pareceu muito maneiro. A frase, escrita assim, é referência à maneira como ele fala. Típico carioca suburbano, nascido e criado em Padre Miguel, Michel, de 19 anos, teve sua atuação elogiada por quem já viu o longa, indicação brasileira à Academia Americana de Cinema para concorrer à uma das cinco indicações ao Oscar de Melhor Filme em Língua Estrangeira. Amparado pela preciosa ajuda dos irmãos Rogério e Ricardo Blat, feras no teatro, cinema e televisão, o garoto, que coleciona pequenos papéis e pontas em filmes e programas - sempre dentro do estereótipo "de comunidade" - está predestinado à se tornar a nova bola da vez. É aguardar e pagar - o ingresso - para ver.
6 comentários:
Ei! Gardênia me fez descobrir esse blog. E vi que tem muita gente conhecida aqui, além dela!
Bacana o blog, vou adicionar agora mesmo no favoritos do meu blog, "Senhor, estarei te irritando..." (http://www.estareiteirritando.blogspot.com)
Eu faço questão de perder o filme e as quinhentas matérias sobre as novas tentativas do Brasil e os Barreto ganharem o Oscar. Ai, preguiça disso tudo...
eu sou um alienado desgraçado. nem sabia dessa fofoca toda de óscar. mas pretendo ver esse filme e comparar com o ônibus 174 pra ver quem é mais oportunista.
Eta preguiça...
Bruno Barreto, nem me meto! Cruz e credo! Deus me livre! Nossa Senhora! Falando de coisa séria, então, não dá mesmo!!!! Depois da "Paixão de Jacobina" tenho trauma, tudo vira comédia. A única curiosidade que eu tenho nesse filme é pra saber o que ele vai vender. Será que tem uma cena em que o Sandro entra numa loja da Taurus para comprar um revólver? Ou quem sabe um personagem qualquer toma um sorvetinho da Kibon? É fria...vai por mim!!!
Amigo Léo, não creio que o Zé Padilha seja oportunista pelo seu ótimo documentário "ônibus 174". Quanto a Tropa de Elite é outra história...
Ônibus 174" é maravilhoso. Não entendo por que um cineasta pega uma história já contada de trás pra frente, e muito bem, e gasta dinheiro com ela. Ah, entendo sim: ele quer bilheteria, entrar na onda dos filmes sobre violência+menores carentes+favelas no Rio de Janeiro. Com vistas ao tão sonhado Oscar para a família Barreto! Eca!
Faço minhas as palavras de Marcelo e Cláudia. E, Nique, pra que perder tempo na fila desse filme se ele vai entrar em cartaz no Brasil?
Beijos,
Olívia
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