Parecia um sonho. Mas felizmente foi real. Um governo genuinamente socialista encheu de esperança um país e a América do Sul. À frente, coincidentemente mais um médico. Um líder que desejava um governo voltado para a educação, um país independente do capital estrangeiro exacerbado, uma "via chilena para o socialismo". O sonho se tornou mais real quando ele nacionalizou as minas de cobre, que eram brinquedinho de multinacionais, e os bancos. E o incrível: dividia os lucros com os funcionários.
Em sua breve passagem, mais realidades: a inflação caiu, o poder aquisitivo aumentou, a economia também. Tudo em um âmbito democrático e limpo. Foi demais para o império do norte. Na seqüência de horror, corrupção, roubalheira, imundice e assassinatos que varriam o continente, o sonho real se tornou pesadelo. A onda paranóica para servir a interesses do outro hemisfério se fez presente com bombas e homicídios dele, de 7 mil conterrâneos, de um país, de um continente.
Hoje, Allende faria aniversário. A lembrança desta data e deste homem em jornais e sites, porém, comprova que, sem dúvida, não foi um sonho. Foi real. E pode ser real novamente. E está sendo real por aí. Basta não deixar o pesadelo que vem lá de cima fazer crer que tudo não passa de sonho.
26 de jun. de 2008
Muito mais que um sonho
Assuntos:
* Fernando Miragaya,
economia,
lembranças,
política
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5 comentários:
Bela homenagem, Miragaya.
Bjos
Certas lembranças são absolutamente necessárias. Como foi dito antes, uma bela homenagem. Abraços.
Salve Salvador! Lindo texto, Mira.
Fernando e Lu exercem aqui a importantíssima função de nos lembrar as lutas, as resistências.
Valeu!
Longos suspiros
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