11 de abr. de 2008

Estou por aí...

Alguém já ouviu o disco da Fernanda Takai cantando Nara? eu ainda não tenho o disco, e ok, ele nem é um lançamento tão fresquinho assim. Mas está na minha lista de prioridades assim que o cartão de crédito liberar meu limite estourado, claro, na última viagem. Um gostinho de Nara/Fernanda, cantoras de voz mansa e doce. A letra é de Zé Keti, I mean.

Diz Que Fui Por Aí

Se alguém perguntar por mim
Diz que fui por aí
Levando o violão embaixo do braço
Em qualquer esquina eu paro
Em qualquer botequim eu entro
Se houver motivo
É mais um samba que eu faço
Se quiserem saber se volto
Diga que sim
Mas só depois que a saudade se afastar de mim
Tenho um violão para me acompanhar
Tenho muitos amigos, eu sou popular
Tenho a madrugada como companheira
A saudade me dói, o meu peito me rói
Eu estou na cidade, eu estou na favela
Eu estou por aí
Sempre pensando nela

21 comentários:

Deia Vazquez disse...

Vou trocar a radio pra combinar....

Pedro Paulo Malta disse...

Salve, Nique.

Bom CD o da Takai, né? Ótimo repertório, tratado com leveza nos arranjos.

Agora... Sobre este samba, tem o seguinte: autoria é dividida entre Zé Kéti e Hortêncio Rocha, que, chamado na Portela de H.Rocha (Agá Rocha), dizem por lá ser o único autor de "Diz que fui por aí".

É daquelas histórias complicadas de se apurar, mas o que contam é que este samba já era cantado na quadra da Portela muito antes da gravação da Nara (1964), e que era conhecido como "o samba do H.Rocha".

O Zé - grande compositor, já famoso nos anos 60 - teria entrado na parceria para divulgar o samba.

Beijão,
PP

Lucas Bandeira disse...

Eu tenho que discordar de vocês. Acho o disco muito ruim. Nada contra a cantora, mas acho que o CD mostra uma incompreensão da Nara (como se ela fosse apenas uma cantora de voz macia). No caso específico da música "Diz que fui por aí", ela aplicou um dessas fórmulas que pasteurizam a música. Ficou parecendo Roberto Carlos (novamente, nada contra, pelo contrário) cantado pela Paula Toller.
Outra bizarrice do mesmo tipo, mas em grau ainda maior: Frejat cantando Pixinguinha. Uma das piores coisas que ouvi nos últimos tempos.
Como sempre, vcs vão dizer que eu não gosto de nada. Mas entre as maravilhas que estão entrando na minha estante e no meu toca-cd está a Bethânia com a Omara Portuondo.
bj
Lucas

A digestora metanóica disse...
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A digestora metanóica disse...

Eu amei o CD. Pedi a um amigo para copiar faz um tempo já, mas ele ainda não me entregou. Acho que vou baixar duma vez.

Ah, sim, limite de cartão de crédito estourado não seria um impedimento porque não compro CDs, admito. Nem tenho um som e facilita a minha vida "downloadar" tudo, pois daí ouço no computador, no celular, no meu mp3 player ou no meu Ipod Nano puro luxo. rs

Na verdade, os últimos CDS que comprei foram do Sassaricando e dois bicudos! É sério isso, não é média não! hahaha

Cláudia Lamego disse...

Entre as moças novas que andam por aí, a Roberta Sá é a melhor. E, das antigas, Bethânia a cada dia se reinventa. Impressionante. Ouvi um pouquinho do novo CD com a cubana e fiquei impressionada.

Quanto à Takai, como não compro mais CDs e ainda tenho preguiça de baixá-los, vou ficando por aqui com a minha coleção da Nara mesmo...

Gi, agora você pode comprar também o "Cachaça dá samba". É um ótimo disco, embora eu seja um tanto suspeita. :)

Lucas Bandeira disse...

Clau, comcordo com vc. Só que vcs tem que voltar a comprar CD!
Pelo menos quase ninguém pirateia livro, senão eu estaria na rua, hehe.

A digestora metanóica disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Cláudia Lamego disse...

Lucas, eu não compro mais porque acho que eles vão mudar de formato de vez em breve. E também não tenho mais espaço em casa para guardá-los. Quando eu e o Pedro finalmente montarmos nossa casinha, não sei como faremos para juntar as duas coleções enormes de livros e discos. Acho que boa parte vai ter que ficar na casa dos pais, a menos que ganhemos na loteria e compremos a nossa casa do Caroço, com instalações para biblioteca comunitária.

Os livros eu acho que vão me engolir qualquer hora. Mas não deixo de comprá-los. Pode deixar que seu emprego estará garantido por anos...

A digestora metanóica disse...

Ih, Lucas... ainda bem que não existem muitas Déias no mundo. Faz um bom tempo que ela lê um "livro" atrás do outro. Agora pergunta onde ela consegue as obras em português. Certamente não é em Portobello Road nem no Spitalfields Market. hahaha

Deia Vazquez disse...

Nao compro musica. Artista tem que suar a camisa no palco. Assim pago, e feliz. Imagina se tivessemos que pagar pelos direitos autorais da nossa Radio Carocal? na na na
E ainda acredito que outros artistas seguirao o exemplo do Radiohead. O Nich Inch Nails ja embarcou na ideia.
Quanto aos livros, complicado.....pagaria feliz por um ebook. Mas acho que as pessoas ainda preferem ler impresso. Enquanto isso nao muda, a industria editorial nao precisa se preocupar com a questao.

A digestora metanóica disse...

Déia, vale lembrar que o Gil há tempos já havia disponibilizado todas as suas músicas no Geléia Real.

Obviamente o Radiohead inovou por ter feito o lançamento na internet. E a forma democrática deles se comportarem com a imprensa. "Vocês querem o CD? Façam o download como todo mundo".

Deia Vazquez disse...

Todo mundo so ganha. E se voce nao quer/ nao pode ir no show, pode fazer pagamento online pelo que acha que o album vale. Muito digno.

Deia Vazquez disse...

E Pato Fu ja esta na radio carocal. Aproveitando a tematica ;)

Anônimo disse...

Vale muitooo a pena gastar o seucartão com este CD. Está uma obra prima na voz da Takai.Amo este CD!
Juliana Brum

Pedro Paulo Malta disse...

Ô, Lucas...

Me arrepia imaginar o que saiu desse casamento de Paula Toller com Roberto Carlos (um filhote de cruz-credo é o mínimo). Pelo menos, dá uma idéia do quanto você não gostou da Takai cantando o repertório da Nara, hehehe.

Mas essas visitas improváveis podem funcionar, por mais distantes que sejam visitante e visitado. Moska cantando Bide/Marçal, Zélia Duncan passeando por Aracy (sem deuplo sentido), Tim Maia refazendo João do Vale...

Mas reconheço que é complicado prestar tributo a um intérprete, refazendo gravações deste homenageado sem fazer pastiche ou caricatura.

Acho que a Takai não caiu em nenhuma dessas duas valas. Com um repertório representativo da Nara (dos sambas do 1º disco às polêmicas versões gringas), deu um sotaque "lounge" às músicas, que me soaram bem agradáveis - o que pra mim não é demérito.

Tirou o samba dos sambas (o resultado ficou meio abolerado), mas pra mim fez direito.

Abração,
PP

PS: Quem quiser ouvir o "Diz que fui...", tem a íntegra aqui no Youtube.

Deia Vazquez disse...

PP, que tal comecar a escrever com a gente?

Olívia Bandeira de Melo disse...

Não ouvi o disco, mas ouvi/vi o clipe no Youtube, no link que o PP enviou. Achei linda a versão e achei lindo o clipe.
Aliás, essa música me emociona profundamente, cantada pela Nara, pelo Zé Keti, pelo Luiz Melodia, pela Fernanda Takai.
Quer experiência melhor do que andar pela cidade? Viva H. Rocha!

Pedro Paulo Malta disse...

Salve, Déia.

Eu topo, mas tenho que ver com minha empresária, D. Lamego, que em casa (brevemente) é quem dá a última palavra.

Obrigado pelo convite.

Beijão,
PP

Cláudia Lamego disse...

Déia, como empresária já disse a ele que fará bem à carreira escrever para esse monumental e retumbante blog. Dá imprensa!

Mas, ele está dizendo isso tudo para fazer média, porque casar que é bom, bem, diz que esse ano sai, né? Rezo para Santo Antônio, mas creio em São Tomé, aquele que só acredita (platéia do Silvio Santos respondendo) VEN-DO!!!

Deia Vazquez disse...

PP, empresaria autorizou e a webmaster tambem. Queremos seus comentarios musicais. Em troca de um convite do blogger quero um convite pra ir no casorio, hein? hehehe

Tambem assisti o clipe no link que voce mandou e adorei. Concordo com a Lili. Andar na cidade ou no campo eh pra lavar a alma.